Ministério Com Casais Pr. Jorge & Adelice
Homem & Mulher
A INDIVIDUALIDADE e a RECIPROCIDADE na VIDA CONJUGAL
Unidade é o que Deus deseja para o casamento e não a uniformidade. Como separar individualIdade e individualismo no casamento ? O primeiro enriquece, o segundo mata.
No artigo a seguir, você entenderá um pouco sobre o que desejamos que você entenda e aplique à sua vida conjugal.
Quando Deus criou o homem
Criou-o como um ser único, individual e irrepetível, mas também o dotou da capacidade de viver em comunhão um com o outro. Daí o propósito de Deus na vida conjugal
”Não é bom que o homem esteja só” estar no sentido permanente, contínuo e caracterológico. Tudo que Deus planejava era realidade na vida conjugal (Gn. 2:22-25).
Adão e Eva viviam bem, se entendiam, se amavam, dividiam entre si seus projetos de vida. Tudo era muito natural e acontecia naturalmente. Enfim, o propósito divino para o casamento – a felicidade – estava assegurado.
Como a escolha humana, após a tentação diabólica, o que era natural ficou desnaturalizado, e o que era comum passou a ser tentativa de uma conquista.
A desestruturação física, psicológica e principalmente espiritual fez com que os valores naturais da vida conjugal se constituíssem em uma luta no casamento e o EGOÍSMO, que muito tem a ver com a individualidade humana, se apresenta como um algoz no relacionamento humano.
O pecado afasta o homem do propósito de Deus no casamento – que os dois se tornem um. A individualidade passa, através do egoísmo, a ser um empecilho, pois o ser humano confronta-se com uma realidade egoísta de buscar primeiro o seu prazer.
Na vida conjugal, a individualidade pode ser e deve ser preservada, mas não pode ser usada para satisfação própria.
O amor próprio deve ser evidenciado numa relação,
na capacidade de eu estando feliz,
gerar a felicidade do outro.
Eu não necessito anular o meu EU por causar do outro.
Sair do EU para NÓS tem sido a grande crise de muitos casais, porque cônjuges perdem a capacidade de compreensão de que eu posso me ajustar ao outro sem perder a minha individualidade.
Os divórcios e as separações, em sua maioria, são frutos da incapacidade dos cônjuges de sair do Eu para NÓS, e muitas vezes encontramos justificativas como: “incompatibilidade de gênios”, o que é natural numa ralação de pessoas diferentes, “não temos nada em comum”, como se o comum numa relação conjugal acontecesse por acaso não sendo construído na ralação, e o INIMIGO, principal opositor da família, vai fechando corações a novas possibilidades.
A individualidade e a reciprocidade podem viver juntas e unidas na relação conjugal e tanto uma como a outra serem grandes bênçãos no relacionamento familiar.
A individualidade somente é patológico (doentia) quando eu tenho necessidade de mantê-la por causa do meu egoísmo e em detrimento do outro.
O que o INIMIGO tem feito em muitos casamentos
é enganar os cônjuges
no sentido de que eles percebem que podem conseguir uma satisfação pessoal sem o outro; ensinamento que a palavra de Deus rejeita e condena ao colocar a bênção de Deus na relação conjugal (Ec.4.9-12).
Segundo Martim Buber : “Relação é reciprocidade, é mutualidade, é uma vida de mão dupla.”
Quando Jesus Cristo nos resgatou do pecado, Ele nos capacitou em amor a sairmos da nossa individualidade por amor. É o caso de Jacó e Raquel, e por meio dessa família Deus abençoou o mundo.
A grande e triste realidade é que muitos casamentos estão ruindo, muitas famílias estão sendo destruídas, porque o amor de Deus em nós tem sido abafado e os valores do mundo têm sobrepujado tão grande amor.
Para o apóstolo Paulo, esse amor supera tudo, inclusive a nossa individualidade. (1Co.13:7).
Que o Senhor da família nos capacite a vivermos esse grande e imenso amor em nossas vidas conjugais entendendo que o EU nunca pode ser mais forte do que o NÓS e nem o NÓS anular o nosso EU, mas que Jesus Cristo seja tudo em nós.
Revista Casal Feliz
Pr Clécio Bezerra Nunes - Psic Clínico
Pastoreia a 1ª Igreja Batista de Cascadura – RJ