Ministério Com Casais Pr. Jorge & Adelice
Homem & Mulher
Será que casei com um, mas
estou vivendo c a s a d a (o) com outro(a) ?
O que será que leva duas pessoas
a estabelecerem um relacionamento duradouro & estável,
pelo menos na intenção,
denominando casamento ?
Casal Feliz
3T05
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TEMA: Será que casei com um, mas
estou vivendo casada(o) com outro(a) ?
I N T R O D U Ç Ã O 1
Algumas questões podem ser estabelecidas aqui para nossa reflexão.
Vejamos então:
Atração Física ou Química:
Sabemos que fatores psicológicos nos levam a sentir-nos atraído ou não por determinada pessoa. Sentimo-nos atraídos por outra pessoa pelo cheiro, pela aparência estética, pelo timbre e intensidade da voz e até pelo brilho ou cor dos olhos. Há uma reação em cadeia semelhante a uma reação química em que, uma vez desencadeada, não dá para reverter sem causas algum tipo de impacto.
Assim é que funciona o primeiro contato que nos leva ao envolvimento com uma outra pessoa.
Necessidade de Companhia:
Pessoas procuram a companhia de outras porque acham que já está na hora de ter um companheiro(a), já passou a hora de casarem, senão o que vão pensar os outros sobre nossa identidade sexual e a virilidade ? Pode ser também que todos da nossa turma já estejam casado e nós estamos ficando de fora e isso não é bom, pega mal.
Estamos entrando no casamento não porque achamos a pessoa adequada, mas porque nos sentimos pressionados pela sociedade, sendo real ou não
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I N T R O D U Ç Ã O 2
RAZÕES ECONÔMICAS:
Pode parecer fora de propósito neste nossos tempos de independência e igualdade feminina que isso seja razão para alguém se envolver num relacionamento sério. Entretanto, ainda que possa parecer um grande absurdo, encontrarmos pessoas que fizeram suas escolhas baseadas nesse critério. Homens também se casam pensando na independência econômica, esperando a herança que tomarão posse no futuro ou na boa vida que podem desfrutar por hora.
Outras razões de envolvimento no casamento podem ser levantadas, mas, para alimentar nossa discussão,essas aqui já são suficientes.
Vamos considerar que a Química foi o mais nobre elemento que nos conduziu ao casamento, embora saibamos que outros elementos podem ter também sua participação.
A partir dessa premissa, vamos avaliar fatores que podem comprometer a realidade do casamento atual se comparado à imagem que se fazia do outro.
Vamos lá:
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PRIMEIRO: O AMOR É CEGO ! ...
Já ouvimos muito essa expressão, mas afinal, o que significa ?
Quando achamos que “encontramos a pessoa certa” não há nada que possa nos afastar da idéia de perfeição.
Qualquer tentativa de “aviso” parece uma ameaça, e é, dos invejosos, daqueles que não querem a nossa felicidade.
Além do mais, pensamos se tratar de uma armadilha para nos afastar da pessoa escolhida para tomarem o nosso lugar.
Não podemos e não devemos perder o espaço conquistado.
Como cegos de amor não vemos defeitos e se eles existem são desprezíveis, insignificantes, nada que possa ameaçar nossos sonhos.
Por ser cego também não consideramos as diferenças de valores, crenças, hábitos, educação, situação econômica ou qualquer outra diferença gritante.
Afinal, o amor supera tudo, ou quase tudo.
A vontade de ver que nossa escolha foi acertada piora ainda mais o efeito do amor cego.
Às vezes enxergamos, mas não podemos dar o braço a torcer.
Vamos em frente mesmo desconfiando de que podemos estar ligeiramente errados na escolha.
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SEGUNDO: A ILHA DA FANTASIA ...
Lembrando a famosa série da TV, onde todos os sonhos dos participantes se concretizavam apesar de situações iniciais adversas.
Às vezes as pessoas, mesmo sabendo que o mundo real não é feito de utopias, se comportam assim.
Esperam o príncipe e a princesa dos contos de fadas, da história infantil de final feliz, sem nenhum ou pouco esforço pessoal.
Muitos casais se comportam exatamente assim:
Olham para o outro e focalizam na perfeição inexistente, não percebendo que a perfeição na espécie humana não existe, sob qualquer ângulo que queiramos olhar.
Criamos um modelo de pessoa que na realidade não existe, está fora de nosso alcance, mora num outro lugar, esconde por lá seus defeitos e manias, e só aparece maquiado, pronto para mostras o que de melhor possui, como um artista de teatro que aparece em cena impactando a platéia para representar o seu melhor papel.
Com a convivência do dia a dia, com as mazelas da vida em comum, aí aparece o outro sem a maquiagem, sem suas máscaras, se revelando de verdade.
Temos uma boa aparência, uma boa imagem, não aquela cara que olhamos no espelho quando acordamos de manhã cedo.
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TERCEIRO: NÃO ACEITAMOS AS MUDANÇAS.
Esquecemos que nós mudamos todos os dias ou não queremos aceitar que isso acontece.
Certo guru da administração afirmou que a única coisa definitiva é a mudança, mas as mudanças nos incomodam, principalmente as mudanças dos outros, porque temos que nos adaptar a elas, queiramos ou não.
Na mudança, passamos do conhecido para o desconhecido.
De repente aquela pessoa passa a fazer coisas que não sabíamos sobre ela.
Pode ser até que ela mesmo nunca tenha feito aquilo diferente, mas nós não aceitamos, pensamos que aquilo estava escondido, guardado a sete chaves.
Isso nos surpreende e choca nossas crenças sobre o outro.
Se alguém fala sobre nossas mudanças só aceitamos a idéia se for favorável à imagem que fazemos de nós mesmos.
Assim, estamos diante de transformações dia a dia, nós e os outros, eu e a outra pessoa que escolhi para viver uma vida inteira.
Quando temos dificuldades em aceitar as mudanças do outro e não reconhecemos as nossas, então estamos diante de uma situação de conflitos permanentes.
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QUARTO: Novo dia, Vida nova.
Temos diante de nós, a cada manhã, um novo dia, bom ou mau, mas um novo dia, que nunca mais se repetirá.
Parece filosófico demais a idéia, mas é assim que funciona, e não há nada que possamos fazer para muda-lo. Aproveitar cada momento e aceitar o que a vida de melhor puder nos oferecer. No casamento não deve ser diferente.
Cada dia vivendo com o outro cônjuge é um dia inteiramente novo, como era antes de unirmos nossas vidas.
Só que agora estamos juntos de verdade, vivendo os problemas juntos, reagindo de formas diferentes, mostrando que também pensamos de forma diferente, gostamos de outras coisas que não tivemos oportunidades de falar antes.
Assim, melhor do que reparar nas diferenças, é aprender a olhar a vida com outros óculos, os óculos do outro, tentar pensar com a razão do outro.
As diferenças que nos incomodam podem não ser tão ruins assim.
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QUINTO: Propagando Enganosa.
O que tememos é quando as mudanças no outro são exageradamente negativas. Temos a sensação de que fomos enganados, houve uma trapaça na relação, pois se soubéssemos das possibilidades daquela mudanças não entraríamos na relação, de forma nenhuma.
Descobrimos de repente que o outro é irresponsável, ou que não gosta de ajudar em nada nos deveres domésticos, ou ainda que detesta crianças etc.
Bom, nesses casos parece que pelo menos tivemos uma falha grave de avaliação do outro ou que fomos muito precipitados no nosso projeto de vida em comum com alguém que conhecíamos pouco.
O outro não mudou. Nós é que não o conhecíamos o suficiente para o nosso projeto familiar.
Hoje, casa-se fácil e, portanto, também se sai da relação rapidamente.
Pensamos pouco no valor do casamento e de quanto temos que aprender na vida em comum, cada dia como único, aprendendo com o outro como pode ser criativa e maravilhosa a vida em comum.
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SEXTO: NÓS MUDAMOS, O OUTRO NÃO.
Também devemos considerar o que mudou na relação.
Às vezes somos nós que estamos mudando:
Idéias, comportamento, valores e outras coisas mais.
Incomoda-nos saber que o outro não mudou em nada, embora o mundo esteja mudando a cada segundo.
Então, é melhor pensar que o outro mudou em alguma coisa, mesmo que nada tenha acontecido de verdade.
Como valorizamos exageradamente a pseudo-mudança do outro deixamos ruir nosso relacionamento, nosso casamento.
Nossos valores e crenças também podem mudar.
Aprendemos coisas novas todo o dia, logo podemos passar a considerar outras coisas como importantes para o nosso relacionamento que precisam da cumplicidade do outro, se ele souber do que é importante para nós.
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C O N C L U S Ã O
Bem, poderíamos divagar talvez umas três ou quatro páginas mais sobre esse tema, mas cremos que o que temos à mão já é suficiente para as nossas reflexões.
Entretanto, queria terminar fazendo algumas perguntas que julgo importante. São elas:
01 - Em que eu julgo que mudei de forma negativa e que pode ferir ou incomodar meu cônjuge, atrapalhando nosso relacionamento, nossa vida em comum ?
02 – Em que ele mudou ou penso que mudou de forma negativa que me incomoda ou creio prejudicar nosso casamento ?
03 – No que mudei ou penso que mudei, ou ainda posso mudar e que pode fazer melhorar a qualidade do nosso casamento ?
04 – No que ele mudou para melhorar e que melhorará substancialmente a nossa vida em comum ?
05 – Em que mudamos nós dois e que fará nosso relacionamento melhorar a cada dia ?
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A P E L O.
São perguntas que merecem ser avaliadas e respondidas
através de uma reflexão sincera.
Sem estigmas, sem paradigmas definitivos, mas com os olhos postos no futuro, desejando uma vida em comum abençoada.
Peçamos a Deus, que Ele nos dê a sabedoria e o discernimento do Espírito Santo para corrigirmos o que precisamos em nossas vidas.
Para vivermos um casamento com alegria e felicidade no Senhor.
Que Deus Abençoe nosso Casamento.
Ir Almir Tabajara A. de Carvalho
& Dorcas da Silva Carvalho
Membros da PIB de Lins de Vasconcelo
Revista - Casal Feliz - 3T05 - Pag.: 7 à 11
